domingo, 31 de outubro de 2010

Jogo das galinhas

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 Um jogo que requer habilidade. As galinhas botam ovos e você precisa movimentar o mouse para ajudar o fazendeiro a recolher os ovos num cesto, sem deixá-los cair. Alem disso, cuidar do ladrão que fica esperando uma oportunidade de levar algum também. É divertido. Click para acessar a página. 

Verbos

FERRO A CARVÃO
Quantas camisas eu passei,
Quantas calças alisei,
Até vestido de noiva
engomei

Ao trabalho nunca me furtei,
Pois de energia não
precisei.

Estava sempre pronto
Quando alguém de mim precisava.
Para que funcionasse, a
mim bastava
Uma mão e carvão em
brasa

Vejam só onde hoje estou,
O progresso me relegou.
Mas a mim isso não
importa.
Pois ainda sirvo de enfeite,
e para SEGURAR PORTA.

Pedro Tadeu

Comentário:

O ferro a carvão, muito usado por nossas avós, e até por muitos de nós, perdeu sua utilidade, exceto nos lugares de extrema pobreza. Com o progresso industrial, foi substituído pelos modernos ferros elétricos, a vapor ou não. Muitas famílias, talvez por apego, ainda o conservam em algum cantinho. Assim como o ferro, muitos eletromésticos e máquinas foram, com o passar dos anos, sendo trocados por outros mais modernos, os quais também ficaram obsoletos. Podemos citar alguns exemplos de substituiçãoes:
  • Batedor de clara de ovos por batedeira;
  • coador de pano por filtros de café descartáveis;
  • máquina de escrever por computador
  • máquina fotográfica por máquina fotográfica digital.
Tudo muda numa velocidade espantosa, carro, celular, computador, calçado, roupa. enfim é inumerável a mudança ocorrida e imprevisível o que ainda vai acontecer, mas de uma coisa podemos ter certeza: todos esses modernos aparelhos de hoje, um dia não passarão de sucatas. Se tiverem sorte, poderão ser reciclados, ou acabar em algum museu.

Sugestão de atividade:

Identificar os verbos que estão nos seguintes tempos:

Modo indicativo:
  • Presente
  • Pretérito perfeito
  • Pretérito imperfeito
Conjugar verbos do poema:

Recriando um poema

O RABO DO TATU
O tatu cava um buraco
a procura de uma lebre,
quando sai pra se coçar,
já está em Porto Alegre.

O tatu cava um buraco,
e fura a terra com gana,
quando sai pra respirar
já está em Copacabana.

O tatu cava um buraco
e retira a terra aos montes,
quando sai pra beber água
já está em Belo Horizonte.

O tatu cava um buraco,
dia e noite, noite e dia,
quando sai pra descansar,
já está lá na Bahia.

O tatu cava um buraco,
tira terra, muita terra,
quando sai por falta de ar,
já está na Inglaterra.

O tatu cava um buraco
e some dentro do chão,
quando sai pra respirar,
já está lá no Japão.

O tatu cava um buraco
com as garras muito fortes,
quando quer se refrescar
já está no Pólo Norte.

O tatu cava um buraco
um buraco muito fundo,
quando sai pra descansar
já está no fim do mundo.

O tatu cava um buraco
perde o fôlego, geme, sua,
quando quer voltar atrás,
leva um susto, está na lua.

Sérgio Capparelli



SUGESTÃO:
1- Leitura individual



2- RESPONDA:
a- Quantas estrofes tem o poema?

b- Quantos versos?
c- Onde há rima?
d- Quais as ações do Tatu?
e- Quais os locais visitados pelo Tatu?


3- PRODUÇÃO DE TEXTO:
a- Escrever novas quadras sobre a viagem do Tatu.
Manter sempre o 1º verso e parte do 3º. Assim



O tatu cava um buraco
.....................................
Quando sai pra ...................
.....................................

sexta-feira, 29 de outubro de 2010

ADIVINHAS

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Adivinhas



DICIONÁRIO

links

JOGOS

Jogos de Língua Portuguesa
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Cantando Histórias - Bia Bedran

"O meu trabalho se presta a um prolongamento da magia da infância, devolvendo à criança a ingenuidade e, ao mesmo tempo, o seu lado moleque." (Bia Bedran)

Bia Bedran, formada em Musicoterapia e Educação Musical, pratica a arte de contar histórias, ou melhor, cantar histórias. Há anos realiza um trabalho de alta qualidade. Vejo que a proposta do trabalho de Bia é utilizar a música e o conto de histórias como ferramentas para o desenvolvimento positivo de crianças. Seu trabalho dignifica o título de artista e de educadora, trabalho, que é uma arte e que realiza com técnica e amor. Compõe e interpreta as músicas, que vejo semelhança com parábolas, pois a essência está envolvida por interessante história, esperando os momentos de amadurecimento, e consequente percepção pelas crianças.

Você adulto, você jovem, não podem perder a oportunidade de conhecer com mais detalhes o trabalho de Bia Bedran. Para isso, neste post, foram adicionados alguns links e alguns vídeos.


Vídeo : O Campo Santo

Vídeo : O Menino que foi ao Vento Norte

Vídeo : Macaquinho


Bia Bedran - Site Oficial

LEITURA


Leite, leitura
letras, literatura,
tudo o que passa,
tudo o que dura
tudo o que duramente passa
tudo o que passageiramente dura
tudo,tudo,tudo
não passa de caricatura
de você, minha amargura
de ver que viver não tem cura
Paulo Leminski

Passatempo - Procure a bicharda: na mata



Procure a bicharada: são 15 animais escondidos no texto.

Na mata

      "Uma velha senhora chamada Renata morava sozinha na mata, num pequeno bangalô. Um dia, enquanto dormia, recebeu a visita de um estranho cobrador. Era um homem de cabelo sarará, que empurrou a porta e, logo que entrou, o mais forte que podia ele gritou:
     - Sua dorminhoca, que só gosta de fofoca, pague logo o que me deve e não me venha avacalhar, oferecendo bóia ou papo barato, que não vou suportar.
     A velha senhora pulou da cama com o cabelo ainda emaranhado, calçou o sapato e, tremulando sem parar, uma célebre modinha começou a cantar. Os bichos que estavam na mata conheciam aquela melodia e logo foram acudir a velha senhora que morava sozinha".

Vamos ver quem consegue...

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

KARATÊ KID

  • Informações Técnicas
    Título no Brasil:  Karate Kid
    Título Original:  The Karate Kid
    País de Origem:  EUA / China
    Gênero:  Ação
    Tempo de Duração: 140 minutos
    Ano de Lançamento:  2010
    Estréia no Brasil: 27/08/2010
    Site Oficial:  
    Estúdio/Distrib.:  Sony Pictures
    Direção:  Harald Zwart

  • Sinopse
Dre Parker (Jaden Smith), um garoto de 12 anos que poderia ser o mais popular de Detroit, mas a carreira de sua mãe acaba os levando para a China. Imediatamente, Dre se apaixona pela sua colega de classe Mei Yin, mas as diferenças culturais tornam essa amizade impossível. Pior ainda, os sentimentos de Dre fazem com que o brigão da sala e prodígio do kung fu Cheng torne-se seu inimigo. Na terra do Kung Fu, Dre conhece apenas um pouco de karate e Cheng irá mostrar ao "Karate Kid" que seus conhecimentos não valem nada. Sem amigos numa nova cidade, Dre não tem a quem recorrer exceto o zelador do seu prédio Mr. Han (Jackie Chan), que é secretamente um mestre do kung fu. À medida que Han ensina Dre que o kung fu é muito mais que socos e habilidade, mas sim maturidade e calma, Dre percebe que encarar os brigões da turma será a aventura de uma vida.

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

RATATOUILLE

  • Informações Técnicas
  • Título no Brasil:  Ratatouille
    Título Original:  Ratatouille
    País de Origem:  EUA
    Gênero:  Animação
    Classificação etária: Livre
    Tempo de Duração: 118 minutos
    Ano de Lançamento:  2007
    Estréia no Brasil: 06/07/2007
    Site Oficial:  http://www.ratatouille.com
    Estúdio/Distrib.:  Buena Vista
    Direção:  Brad Bird / Jan Pinkava

  • Sinopse
Na nova aventura animada RATATOUILLE, um rato chamado Remy sonha em se tornar um grande chef francês, mesmo contra os desejos de sua família e do óbvio problema de ser um rato em uma profissão totalmente inapropriada para roedores. Quando o destino o leva aos esgotos de Paris, Remy se vê na situação ideal, bem embaixo do famoso restaurante de seu herói culinário, Auguste Gusteau. Apesar dos aparentes perigos de ser um inadequado – e certamente indesejado – visitante na cozinha de um fino restaurante francês, a paixão de Remy pela arte culinária não demora a colocar em marcha acelerada uma engraçadíssima e eletrizante corrida de ratos que invade o mundo da culinária parisiense. Remy então se sente dividido entre sua vocação e a obrigação de voltar para sempre à sua prévia existência de rato. Ele aprende a verdade sobre amizade, família e entende que sua única opção é a de aceitar quem ele é realmente: um rato que deseja ser chef de cozinha.

O CASO DA VÍRGULA

'Um homem rico estava muito mal, agonizando. Pediu papel e caneta. Escreveu assim:

'Deixo meus bens a minha irmã não a meu sobrinho jamais será paga aconta do padeiro nada dou aos pobres.’


Morreu antes de fazer a pontuação. A quem deixava a fortuna? Eram quatro concorrentes.


1) O sobrinho fez a seguinte pontuação:

Deixo meus bens à minha irmã? Não! A meu sobrinho. Jamais será paga a conta do padeiro. Nada dou aos pobres.


2) A irmã chegou em seguida. Pontuou assim o escrito:

Deixo meus bens à minha irmã. Não a meu sobrinho. Jamais será paga a conta do padeiro. Nada dou aos pobres.


3) O padeiro pediu cópia do original. Puxou a brasa pra sardinha dele:

Deixo meus bens à minha irmã? Não! A meu sobrinho? Jamais! Será paga a conta do padeiro. Nada dou aos pobres.


4) Aí, chegaram os descamisados da cidade. Um deles, sabido, fez esta interpretação:


Deixo meus bens à minha irmã? Não! A meu sobrinho? Jamais! Será paga a conta do padeiro? Nada! Dou aos pobres.


Moral da história:

'A vida pode ser interpretada e vivida de diversas maneiras. Nós é que fazemos sua pontuação.

E isso faz toda a diferença... '

VÍRGULA

Uso correto da vírgula


“A vírgula pode ser uma pausa... ou não:
Não, espere.
Não espere.

Ela pode alterar o seu dinheiro:
23,4%
2,34%

Pode ser autoritária:
Aceito, obrigado.
Aceito obrigado.

Pode criar heróis:
Isso só, ele resolve.
Isso só ele resolve.

E vilões:
Esse, Juiz, é corrupto.
Esse Juiz é corrupto.

Ela pode ser a solução:
Vamos perder, nada foi resolvido.
Vamos perder nada, foi resolvido.

A vírgula muda uma opinião:
Não queremos saber.
Não, queremos saber.

Conto - O Herói



1)      Escolha um herói e apresente os seguintes aspectos:
·        Nome, características físicas;
·        Onde vive e qual sua missão;
·        Quem são seus amigos ou ajudantes;
·        Quem são seus inimigos e rivais;
·        Se possui superpoderes ou não.


2)      Crie um herói, imagine as características do seu herói:
·        A personalidade do seu herói ( tímido, expansivo, engraçado, sério, atrapalhado);
·        Se é humano ou não;
·        A idade;
·        Os traços fisionômicos e a constituição do corpo;
·        Como se veste.


Escreva um conto escolhendo, em cada uma das opções que se seguem, um herói ou heroína,  algo  que  ele  ou  ela  deseje,  alguém  ou  alguma  coisa  que  o  ajuda,  e  assim sucessivamente até à conclusão feliz do teu conto. Podes sempre escolher outros elementos, inventados por ti. 
  
* Escolhe e descreve o herói ou heroína do conto que vais escrever. 

* Escolhe o que essa personagem procura. 
                        
* Alguém ou alguma coisa ajuda o herói ou heroína que escolheste na sua procura. 
* O herói ou heroína tem que partir para conseguir o seu objetivo. Usa como meio de transporte... 

* Na sua viagem encontra perigos que deve vencer. 
                    
* Chega, finalmente, ao local onde está o que procura. 
                
* Mas, nesse lugar, encontra um adversário. 
* E o herói ou heroína corre grave risco por que é...  Ferido(a)?  Feito(a) prisioneiro(a)? Feito(a) escravo(a)?  Condenado(a) à morte? (...) 

* Mas tudo acaba bem graças a...  Alguém o/a trata ou liberta?  Utiliza uma arma secreta ?  Um milagre?  Utiliza um objeto mágico/ (...)
* E o final é feliz!! 

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

O LEÃO E OS OUTROS ANIMAIS

Uma ovelha, uma cabra e uma novilha
Trataram com o leão
Fazer igual partilha
Da caça que apanhassem no sertão.
Um veado caiu
No laço que lhe armou a cabra esperta.
Mandou ela chamar os associados;
Veio o leão, rugiu,
Fez do preso animal quatro bocados,
E disse: «A conta é certa;
Pertence-me o primeiro
Por me chamar leão;
O segundo quinhão,
Por ser forte; o terceiro
Também, por ser valente.
E se alguém tocar no quarto,
Dá-me um banquete mais farto…
Prova-me as garras e o dente!
La Fontaine

A lenda da vitória-régia


A lenda da vitória-régia
   Os índios das tribos da Amazônia contavam que a Lua, todas as vezes que desaparecia por detrás das montanhas, escolhia uma jovem índia e a transformava em uma estrela, que passava a brilhar no céu.
     Naiá, uma bela indígena, tinha um sonho: ser escolhida por Jaci ( a lua ), para ser transformada em uma estrela cintilante. Todas as noites, ela caminhava pela floresta até o amanhecer e suplicava.
    - Ó Jaci, eu desejo ser transformada em estrela. Por favor, me escolha!
    Mas a lua não ouvia os seus pedidos e ela se entristecia cada vez mais.
    Uma noite, muito cansada de tanto andar, Naiá sentou-se à beira de um lago e viu a imagem da Lua refletida em suas águas. Atraída pela luz da Lua, a jovem atirou-se ao lago, desaparecendo...
     Ela foi procurada por sua gente durante semanas inteiras, mas, para a tristeza de todos, não reapareceu. Jaci, então, com pena da jovem índia, transformou-a em uma belíssima flor, a vitória-régia, que só abre suas longas pétalas quando a luz da Lua ilumina o céu.

O HOMEM QUE ENXERGAVA A MORTE

Ricardo Azevedo
         Era um homem pobre. Morava num casebre com a mulher e seis filhos pequenos. O homem vivia triste e inconfor­mado por ser tão miserável e não conseguir melhorar de vida.
Um dia, sua esposa sentiu um inchaço na barriga e des­cobriu que estava grávida de novo. Assim que o sétimo filho nasceu, o homem disse à mulher:
- Vou ver se acho alguém que queira ser padrinho de nosso filho.
Vestiu o casaco e saiu de casa com ar preocupado. Temia que ninguém quisesse ser padrinho da criança recém­-nascida. Arranjar padrinho para o sexto filho já tinha sido difícil. Quem ia querer ser compadre de um pé-rapado como ele?
        E lá se foi o homem andando e pensando e quanto mais pensava mais andava inconformado e triste.
        Mas ninguém consegue colocar rédeas no tempo.
O dia passou, o sol caiu na boca da noite e o homem ainda não tinha encontrado ninguém que aceitasse ser padri­nho de seu filho. Desanimado, voltava para casa, quando deu com uma figura curva, vestindo uma capa escura, apoiada numa bengala. A bengala era de osso.
- Se quiser, posso ser madrinha de seu filho - ofere­ceu-se a figura, com voz baixa.
- Quem é você? - perguntou o homem.
- Sou a Morte.
O homem não pensou duas vezes:
- Aceito. Você sempre foi justa e honesta, pois leva para o cemitério todas as pessoas, sejam elas ricas ou pobres. Sim - continuou ele com voz firme -, quero que seja minha comadre, madrinha de meu sétimo filho!
E assim foi. No dia combinado a Morte apareceu com sua capa escura e sua bengala de osso. O batismo foi reali­zado. Após a cerimônia, a Morte chamou o homem de lado.
- Fiquei muito feliz com seu convite - disse ela. - Já estou acostumada a ser maltratada. Em todos os lugares por onde ando as pessoas fogem de mim, falam mal de mim, me xingam e amaldiçoam. Essa gente não entende que não faço mais do que cumprir minha obrigação. Já imaginou se ninguém mais morresse no mundo? Não ia sobrar lugar para as crianças que iam nascer! Na verdade - confessou a Morte -, você é a primeira pessoa que me trata com gentileza e compreensão.
E disse mais:
- Quero retribuir tanta consideração. Pretendo ser uma ótima madrinha para seu filho.
        A Morte declarou que para isso transformaria o pobre homem numa pessoa rica, famosa e poderosa.
        - Só assim - completou ela -, você poderá criar, proteger e cuidar de meu afilhado.
        O vulto explicou então que, a partir daquele dia, o homem seria um médico.
       - Médico? Eu? - perguntou o sujeito, espantado. ­- Mas eu de medicina não entendo nada!
       - Preste atenção - disse ela.
       Mandou o homem voltar para casa e colocar uma placa dizendo-se médico. Daquele dia em diante, caso fosse cha­mado para examinar algum doente, se visse a figura dela, a figura da Morte, na cabeceira da cama, isso seria sinal de que a pessoa ia ficar boa.
- Em compensação - rosnou a Morte -, se me enxer­gar no pé da cama, pode ir chamando o coveiro, porque o doente logo, logo vai esticar as canelas.
       A Morte esclareceu ainda que seria invisível para as outras pessoas.
       - Daqui pra frente - concluiu a famigerada -, você vai ter o dom de conseguir enxergar a Morte cumprindo sua missão.
       Dito e feito.
       O homem colocou uma placa na frente de sua casa e logo apareceram as primeiras pessoas adoentadas.
       O tempo passava correndo feito um rio que ninguém vê. Enquanto isso, sua fama de médico começou a crescer.
       É que aquele médico não errava uma.
       O doente podia estar muito mal e já desenganado. Se ele dizia que ia viver, dali a pouco o doente estava curado.
        Em outros casos, às vezes a pessoa nem parecia muito enferma. O médico chegava, olhava, examinava, coçava o queixo e decretava:
- Não tem jeito!
E não tinha mesmo. Não demorava muito, a pessoa sen­tia-se mal, ficava pálida e batia as botas.
A fama do homem pobre que virou médico correu mundo. E com a fama veio a fortuna. Como muitas pessoas curadas costumavam pagar bem, o sujeito acabou ficando rico.
        Mas o tempo é um trem que não sabe parar na estação.
        O sétimo filho do homem, o afilhado da Morte, cresceu e tornou-se adulto.
Certa noite, bateram na porta da casa do médico. Dessa vez não era nenhum doente pedindo ajuda. Era uma figura curva, vestindo uma capa escura, apoiada numa bengala feita de osso. A figura falou em voz baixa:
        - Caro compadre, tenho uma notícia triste: sua hora che­gou. Seu filho já é homem feito. Estou aqui para levar você.
        O médico deu um pulo da cadeira.
        - Mas como! - gritou. - Fui pobre e sofri muito. Agora que tenho uma profissão, ajudo tantas pessoas, tenho riqueza         e fartura, você aparece pra me levar! Isso não é justo!
        A Morte sorriu.
        - Vá até o espelho e olhe para si mesmo - sugeriu. - Está velho. Seu tempo já passou.
Mas o médico não se conformava. E argumentou, e pediu, e suplicou tanto que a Morte resolveu conceder mais um pouquinho de tempo.
        - Só porque somos compadres, só por ser madrinha de seu filho, vou lhe dar mais um ano de vida - disse ela antes de sumir na imensidão.
O velho médico continuou a atender gente doente pelo mundo afora.
Um dia, recebeu um chamado. Era urgente. Uma moça estava gravemente enferma. Disseram que seu estado era desesperador. O homem pegou a maleta e saiu correndo. Assim que entrou no quarto da menina enxergou, parada ao pé da cama, a figura sombria e invisível da Morte, pronta para dar o bote.
O médico sentou-se na beira da cama e examinou a moça. Era muito bonita e delicada. O homem sentiu pena. Uma pessoa tão jovem, com uma vida inteira pela frente, não podia morrer assim sem mais nem menos. "Isso está muito errado", pensou o médico, e tomou uma decisão. "Já estou velho, não tenho nada a perder. Pela primeira vez na vida vou ter que desafiar minha comadre." E rápido, de surpresa, antes que a Morte pudesse fazer qualquer coisa, deu um jeito de virar o corpo da menina na cama, de modo que a cabeça ficou no lugar dos pés e os pés foram parar do lado da cabeceira. Fez isso e berrou:
- Tenho certeza! Ela vai viver!
E não deu outra. Dali a pouco, a linda menina abriu os olhos e sorriu como se tivesse acordado de um sonho ruim.
A família da moça agradeceu e festejou. A Morte foi embora contrariada, e no dia seguinte apareceu na
casa do médico.
           - Que história é essa? Ontem você me enganou!
           - Mas ela ainda era uma criança!
   - E daí? Aquela moça estava marcada para morrer ­disse a Morte. - Você contrariou o destino. Agora vai pagar caro pelo que fez. Vou levar você no lugar dela!
           O médico tentou negociar. Disse que queria viver mais um pouco.
           - Nós combinamos um ano - argumentou ele.
           - Nosso trato foi quebrado. Não quero saber de nada - respondeu a Morte. - Venha comigo!
           - Lembre-se de que até hoje eu fui a única pessoa que tratou você com gentileza e consideração!
   A Morte balançou a cabeça.
   - Quer ver uma coisa? - perguntou ela.
   E, num passe de mágica, transportou o médico para um lugar desconhecido e estranho. Era um salão imenso, cheio de velas acesas, de todas as qualidades, tipos e tamanhos.
   - O que é isso? - quis saber o velho.
   - Cada vela dessas corresponde à vida de uma pessoa - explicou a Morte. - As velas grandes, bem acesas, cheias de luz, são vidas que ainda vão durar muito. As pequenas são vidas que já estão chegando ao fim. Olhe a sua.
           E mostrou um toquinho de vela, com a chama trêmula, quase apagando.
   - Mas então minha vida está por um fio! - exclamou o homem assustado. - Quer dizer que tudo está perdido e não resta nenhuma esperança?
          A Morte fez "sim" com a cabeça. Em seguida, trans­portou o médico de volta para casa.
   - Tenho um último pedido a fazer - suplicou o homem, já enfraquecido, deitado na cama. - Antes de
morrer, gostaria de rezar o Pai-Nosso.
   A Morte concordou.
   Mas o velho médico não ficou satisfeito.
   - Quero que me prometa uma coisa. Jure de pé junto que só vai me levar embora depois que eu terminar a oração.
   A Morte jurou e o homem começou a rezar:
   - Pai-Nosso que...
   Começou, parou e sorriu.
   - Vamos lá, compadre - grunhiu a Morte. – Termine logo com isso que eu tenho mais o que fazer.
   - Coisa nenhuma! - exclamou o médico saltando vito­rioso da cama. - Você jurou que só me levava quando eu terminasse de rezar. Pois bem, pretendo levar anos para acabar minha reza...
           Ao perceber que tinha sido enganada mais uma vez, a Morte resolveu ir embora, mas antes fez uma ameaça:
           - Deixa que eu pego você!
           Dizem que aquele homem ainda durou muitos e muitos anos. Mas, um dia, viajando, deu com um corpo caído na estrada. O velho médico bem que tentou, mas não havia          nada a fazer.
   - Que tristeza! Morrer assim sozinho no meio do caminho!
   Antes de enterrar o infeliz, o bom homem tirou o chapéu e rezou o Pai-Nosso.
           Mal acabou de dizer amém, o morto abriu os olhos e sorriu. Era a Morte fingindo-se de morto.
           - Agora você não me escapa!
           Naquele exato instante, uma vela pequena, num lugar desconhecido e estranho, estremeceu e ficou sem luz.

DIÁRIO DE BORDO

- Escrever seu nome e desenhar o seu retrato.
- Desenhar  e escrever o pai e a mãe.
- Desenhar sua família e escrever os nomes.
- Desenhar sua casa e escrever os nomes
- Desenhar seus amigos e escrever seus nomes.
- Desenhar seus brinquedos e escrever os nomes.
- Escrever a respeito do brinquedo ou da brincadeira de que mais gosta.
- Escrever sobre seu animal preferido e depois fazer o desenho.
- Fazer o desenho de um animal de que tem medo e escrever sobre ele.
- Desenhar sua classe e seus colegas e escrever sobre eles.

ESTUDANTES

Ana Clara Morello Chagas
Arthur Basso Zanetti
Bárbara Pinafo Bonna
Davi Ferreira de Lima
Dhimerson Martelli
Diego de Oliveira Barbosa
Diogenes Fiorezi
Gabriel Bisi Ferrari
Gabrielly Pereira do Amaral
Gerliane Alves Lourenço
Gustavo Alexandre Ribondi Marcarini
Izabela Guidote Thomes
Kayque Pinheiro Ronconi
Larissa Espíndula
Laryssa Cunha Scaramussa
Milena Cordeiro Sales
Natiely Rosário Freitas
Otávio Tôrres Gaia
Paulo Renato Morêto
Ramon Carminati de Oliveira
Roberta Bins Moraes
Victor Alves Dalvi
Vinicius da Cruz Santos
Vinicius de Jesus Silva
Vitor Mendes dos Santos
Wemerson do Rosário Leandro
Wilis Cristian Motta